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Exportações do agro crescem 33% em 2022 e somam valor recorde: US$ 160 bilhões

Pelo terceiro ano consecutivo, o faturamento com as exportações brasileiras de produtos do agronegócio registrou recorde em 2022. Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizadas com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mostram que, de janeiro a dezembro de 2022, o faturamento com as vendas externas do setor somou quase US$ 160 bilhões, 33% acima do registrado em 2021 (US$ 120 bilhões), que, até então, superava o recorde do ano anterior (em 2020, o faturamento somou US$ 101 bilhões).

O faturamento com as vendas de produtos do agronegócio de 2022 representou aproximadamente 47% das exportações totais do país e contribuiu decisivamente para um superávit comercial, que ficou em cerca de US$ 60 bilhões.

Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário foi resultado dos avanços registrados tanto nos preços médios em dólar quanto no volume embarcado, que foram de respectivos 19% e 12%, de 2021 para 2022. Em moeda nacional, a evolução da taxa real de câmbio doméstica não foi favorável ao setor, mas isso não impediu o aumento do faturamento real em moeda nacional, que foi de 15%.

Aumento dos preços em dólar

Entre os produtos do agronegócio considerados nesta pesquisa, com exceção da carne suína, os preços em dólar de todos apresentaram aumento, com destaques para as altas de 55% no do café, de 39% no do milho, de 31% no do etanol e de 24% no do óleo de soja. Já quanto aos volumes, os aumentos mais intensos foram verificados para o milho (+112,6%), óleo de soja (+58,1), carne bovina in natura (+27,6%), etanol (+26,3%), celulose (+21,8%), farelo de soja (+18,7), suco de laranja (+10,3%) e carne de frango (+4,2%).

Por mais um ano, o carro chefe das exportações foi a soja e seus derivados, representando 38% do faturamento exportador do agronegócio em 2022. Em segundo e terceiro lugares estiveram as carnes e produtos florestais, representando 16% e 10% do faturamento.

Do lado comprador, a China manteve-se como maior parceiro comercial do agronegócio brasileiro em 2022, com participação de quase 32% nas vendas externas do setor. Segundo pesquisadores do Cepea, apesar de elevada, a participação da China caiu frente à registrada em 2021 (de 33,7%).

Expectativas

Depois do forte crescimento mundial em 2022, a perspectiva é de arrefecimento para 2023. Do lado da oferta, a safra brasileira de grãos deve crescer e, no caso da pecuária, a expectativa é de avanço no abate de animais, sugerindo expansão da oferta no Brasil.

No entanto, fatores de ordens climática e sanitária, haja vista o surgimento de casos de influenza aviária em países vizinhos e o recente caso atípico de “mal da vaca louca” no Pará, podem resultar em diminuição nos envios externos de carne.

Neste último caso, os envios de carne bovina à China estão suspensos desde essa quinta-feira, 23, mas agentes do setor nacional estão confiantes de que a retomada das vendas externas ocorra o mais breve possível, seja pela negociação entre as autoridades brasileiras e o mercado internacional, seja pela dependência mundial em relação à carne brasileira.

 

Fonte: Agro em Dia

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03.03.2023

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