Appa projeta que conclusão de obras de derrocagem em dezembro e licitagao da area PAR-50 vão contribuir para melhorar condição para recepção de navios de maior porte, dando mais competitividade ao porto nos próximos anos.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) espera concluir, antes do final do ano, as obras de derrocagem no canal de acesso ao porto. O serviço, iniciado em setembro, segue dentro do cronograma de quatro meses, quando a autoridade portuária buscará a homologação do novo patamar. Com a conclusão, Paranaguá vai aumentar o calado em urn metro, conseguindo 13,5 metros operacionais sem maré, o que possibilita a atracação de navios de maior porte. A avaliação é que essa nova condição vai contribuir para dar mais competitividade ao porto para ampliar o volume de cargas, inclusive granéis léquidos, segmento em que Paranaguá vê espaço para expandir.
A Appa aposta que os portos paranaenses podem ser alternativa economicamente viável a Santos para escoamento e importação de granéis líquidos. “Entendemos que possamos ser opção para esse granel, como logistica alternativa a Santos”, disse o diretor-presidente da Appa, Luiz Fernando Garcia da Silva. Ele reconhece que Santos tradicionalmente seja um porto especializado e competitivo nesse tipo de carga. No entanto, percebe que um eventual aumento de movimentação e gargalos em outros portos podem levar Paranaguá a ampliar as operações de granéis líquidos.
Silva destaca que os terminais especializados do Paraná vêm apresentando investimentos para ampliar a capacidade de tancagem. Um deles foi o terminal da Cattalini, corn mais de 600.000 m³ de capacidade estática e corn aportes agressivos nos últimos cinco anos. A Appa também trabalha na junção de duas áreas para serem licitadas no final deste ano, com capacidade estática de 70.000m³ a 80.000 m³, em área corn quase 100.000 m² e possibilidade de expansão. “Nesse arrendamento (PAR-50), prevemos a instalação de um segundo pier de granel líquido. Só temos um pier vinculado a esse arrendamento e colocamos a extensão para termos melhor condição operacional nesse segmento”, detalhou Silva.
A Appa tem intenção de receber navios com maiores dimensões a partir do novo arrendamento para granéis líquidos (PAR-50), que prevê a construção desse novo píer. Silva acrescentou que, nos últimos anos, o Paraguai tambem passou a olhar Paranaguá como operação possível para produtos como álcool. Tradicionalmente, o porto paraguaio utiliza hidrovias para a movimentação de cargas com Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai. Ele também avalia que os investimentos previstos para rodovias e ferrovias no estado são bons indicativos de meihores acessos nos próximos anos. “Sentimos um movimento de ‘migração’. Isso fez com que o Paraná começasse a olhar mais para área de granéis líquidos”, revelou.
Fonte: Portos & Navios