De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em 2023, as exportações do Brasil para os países do G20 somaram US$ 265 bilhões e representaram 78% de tudo que o Brasil exportou para o mundo. Foi um crescimento de 4,6% em relação ao ano anterior, quando as exportações para os países do bloco somaram US$ 253 bilhões. Já as importações diminuíram 11,9%, em relação ao ano anterior, passando de US$ 230 bilhões para US$ 203 bilhões.
A soja foi o principal produto exportado pelo Brasil para os países do G20 em 2023: representou 18% das exportações agropecuárias e um total de US$ 48 bilhões. O petróleo ficou em segundo lugar, em um total de US$ 36 bilhões, seguido pelo minério de ferro com US% 25 bilhões. Os países que integram o G20 respondem por 75% do comércio internacional e cerca de 85% do PIB mundial.
Brasil-China
O comércio entre Brasil e China está em constante ascensão, revelando um cenário de oportunidades e progresso mútuo. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o primeiro trimestre de 2024 registrou aumento de 12,7% nas importações brasileiras da China em comparação ao mesmo período do ano anterior, atingindo a marca de US$ 14 bilhões. As exportações para o país asiático também aumentaram, totalizando US$ 23 bilhões, representando um aumento médio de 9,8%.
Para Rodrigo Giraldelli, especialista em comércio exterior Brasil–China, esses números refletem não apenas um aumento nas transações comerciais, mas também um equilíbrio favorável para o Brasil, com um superávit de 5,5% em relação à China. “O comércio bilateral está se fortalecendo, com o Brasil mantendo sua posição como um importante fornecedor para o mercado chinês. Continuamos vendendo mais para o país asiático do que comprando dele”, afirma o CEO da China Gate, empresa especializada em consultoria e educação sobre importação da China.
Entre as categorias de importações que mais se destacaram, os veículos lideraram o crescimento, registrando um aumento impressionante de 107%, equivalente a US$ 573 milhões. Esse aumento expressivo reflete uma crescente demanda por veículos elétricos no Brasil. Além disso, outras áreas também apresentaram crescimento significativo, como máquinas e equipamentos (29%), produtos para a indústria química (93%), artigos plásticos (26%), produtos em ferro/aço (33%) e artigos em vidro (66%).
No entanto, alguns setores registraram quedas nas importações, como cerâmica (-41%), brinquedos (-22%), produtos farmacêuticos (-44%), produtos químicos orgânicos (-27%) e combustíveis minerais (-66%). Giraldelli interpreta esses números como um reflexo do crescimento da produção industrial brasileira, que está cada vez mais suprindo suas próprias demandas e reduzindo a necessidade de importação de certos insumos e produtos.
“Importar da China tem se tornado uma estratégia cada vez mais atrativa para empresários em busca de vantagens competitivas. Os preços baixos, impulsionados pelos custos de produção mais baixos do país, são apenas o começo. A variedade de produtos disponíveis é impressionante, abrangendo desde eletrônicos de última geração até itens de decoração exclusivos, enquanto a qualidade equipara-se aos padrões internacionais”, explica o especialista.
Fonte: Monitor Mercantil