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Exportações do Paraná crescem 16% em 2022

Pelo segundo ano seguido, a atividade de comércio exterior do Paraná fechou em alta. As exportações em 2022 somaram US$ 22,3 bilhões, com crescimento de 16% contra 2021. O Paraná foi o sexto estado que mais movimentou as vendas do Brasil para o exterior, representando quase 7% de participação nacional. Já as importações chegaram 22,4 bilhões, com aumento de 32% no período. O estado foi o quarto do Brasil que mais comprou produtos de fora. Com esta diferença, o saldo da balança comercial paranaense no ano teve um déficit de US$ 271 milhões. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Governo Federal.

De acordo com a analista de Desenvolvimento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Mari dos Santos, o saldo negativo da balança se deve especialmente ao aumento das importações. Segundo ela, a alta nos preços em nível mundial e o temor de falta de insumos para produção podem justificar o crescimento das importações. “Numa tentativa de garantir uma melhor negociação de preços, o empresário antecipa a compra destes produtos em maior quantidade. Isso evita a interrupção das operações e pode resultar em menor custo de produção”, explica.

“Este comportamento também se deve ao temor de uma escassez generalizada de insumos por conta do conflito geopolítico na Ucrânia. Esta condição poderia comprometer o ritmo de produção nas fábricas”, na opinião da analista.

Durante 2022, o Paraná negociou seus produtos com 212 países. A China foi o principal parceiro internacional. Mais de 16% das negociações do estado tiveram o país asiático como destino, num total de US$ 3,6 bilhões em valores exportados. Na sequência vêm Estados Unidos, para onde foram 8% dos valores totais das exportações estaduais, somando US$ 1,7 bilhão; seguido por Argentina (7% e US$ US$ 1,5 bilhão) e México (4% e US$ 781 milhões).

“Chama a atenção a alta das exportações para a Argentina. O país importou diversos produtos do Paraná, gerando um aumento de 54%, em relação à 2021)”, destaca Mari dos Santos, da Fiep.

Mercadorias

O principal item vendido no exterior foi soja, produto que representa 26% da pauta de exportações do Paraná. O valor total chegou a US$ 5,8 bilhões. Depois vêm Carnes (18% da pauta e US$ 4 bilhões negociados), material de transporte (8,4% da pauta e US$ 3 bilhões) e madeira (7,8% da pauta e US$ 2 bilhões).

Entre os itens mais comprados pelo Paraná em 2022 estão produtos químicos. Eles somaram US$ 8,1 bilhões em valores negociados e representam atualmente 37% da pauta de importação do estado. Na sequência está petróleo, com participação de 14%, num total de US$ 3,8 bilhões. Material de transporte vem em seguida, com 10% de participação (US$ 3,2 bilhões). E, depois, mecânica (US$ 2,3 bilhões e 8,5% da pauta).

Resultados de janeiro

O ano também começou com bons resultados nas vendas externas do Paraná. Em janeiro, o estado vendeu US$ 1.382,5 (um bilhão, 382 milhões e 500 mil dólares) em produtos para fora do país. Houve crescimento de 6% contra o mesmo mês do ano passado. A China respondeu por 12% do total, somando US$ 160 milhões. Em seguida vem o Japão (7,5% do total), com US$ 104 milhões; Estados Unidos (7% e US$ 102 milhões), Argentina (4,3% e US$ 60 milhões) e México (4% e US$ 53 milhões).

Já as importações chegaram a US$ 1.383,9 (um bilhão, 383 milhões e novecentos mil dólares) pequena redução de 0,4% na comparação com janeiro de 2022. O saldo total da balança comercial paranaense em janeiro manteve a mesma tendência de 2022, com queda de US$ 600 mil. A China foi o principal mercado das compras paranaenses em janeiro (24% e US$ 338 milhões). Depois seguem Estados Unidos (7% e US$ 96 milhões), Índia (6,6% e 91 milhões), Argentina (6% e US$ 85 milhões) e Alemanha (5,9% e US$ 82 milhões).

O Paraná foi o sexto estado que mais exportou em janeiro e o quinto que mais importou no país. “Chama a atenção o resultado da venda de carnes pelo estado. Este foi o principal item da pauta de exportações no mês, superando produtos do complexo soja”, aponta a analista da Fiep. “A venda de aves representou 20% do total das exportações estaduais, o que rendeu US$ 281 milhões”, destaca. Na sequência estão produtos derivados de soja (8% e US$ 109 milhões) e automóveis (US$ 56 milhões), com alta de 88% em relação ao vendido no mesmo mês de 2022.

“Um ponto de atenção com relação a alta nas exportações de carne de frango é que este resultado pode estar atrelado à crise aviária, que atingiu produtores de Uruguai e Argentina”, diz. “O mercado brasileiro pode ter sido uma opção aos compradores para substituir o produto indisponível para venda nestes países”, justifica.

Os produtos mais adquiridos no mês foram produtos químicos (29% e US$ 396 milhões), material de transporte (13% e US$ 176 milhões), produtos mecânicos (12% e US$ 167 milhões), materiais elétricos eletrônicos (7% e US$ 107 milhões) e petróleo (6% r US$ 88 milhões).

 

Fonte: RicMais

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02.23.2023

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